SUL DA ESPANHA: CONHECENDO SEVILHA, CAPITAL DA ANDALUZIA

agosto 04, 2020


Vocês realmente acham que eu me debandaria pra Espanha pra não abanar um leque, me entupir de paella, ver flamenco e beber tinto de verano até trupicar na calçada? Tem até cabimento. Uma das coisas que aproveitei muito quando estive na Espanha foi a facilidade em viajar, pois algumas das passagens para ir e voltar até as cidades um pouco mais distantes de Madri (onde eu estava) às vezes custavam bem menos do que fazer certos passeios turísticos por lá. Em alguns museus você paga de 15 a 20 € o ticket de entrada ou se for a um restaurante de rua chega a pagar em torno de 25 €  por uma paella para servir dias pessoas. Pois bem, esse foi o valor médio de uma passagem de ida até Sevilha (viagem feita em julho de 2019, com preços variando de acordo com o horário escolhido). No caso eu fui com a empresa Socibus, saindo da Estación Sur.


Eu e uma colega (que conheci em Madri e estava hospedada no mesmo Airbnb que eu) pegamos o ônibus da meia-noite (para aproveitar o trajeto para dormir) e por volta das 6h da manhã estávamos chegando em Sevilha. Na hora de usar ônibus, prestar muita atenção na estação e atentar para o fato de que nem sempre o seu destino aparece no painel do ônibus! O nosso, por exemplo, era para Huelva e faria uma parada antes em Sevilha, então o medo de "passar direto" era grande. Rolou confusão pra embarcar e nisso não perdeu em nada para as correrias e atrasos nas rodoviárias do Brasil, as portas de embarque são modificadas com frequência e é preciso estar o tempo todo de olho no painel de horários. Mas depois que embarquei, tudo certo e a viagem foi tranquila.


Descemos na estação San Bernardo, era bem cedinho de lá pegamos o ônibus C4 até o hostel, que não recomendo muito não, tá? Ficamos no Catedral Hostel One (literalmente bem pertinho da Catedral, a localização é ótima!). Paguei  29 euros (quarto misto e oferecem cadeado), banheiros compartilhados e café e janta eles oferecem gratuitamente. Os pontos negativos: pra ligar o ar tem que ir lá na recepção pedir, e no meu caso o quarto onde eu estava ficava do outro lado da rua (o hostel é dividido em dois prédios). Se o negócio é economizar, vale a pena, mas não ganhou meu coração, é uma hospedagem apenas funcional. E só. Estrutura mediana e o quarto onde eu dormi tava com um cheirinho de mofado.


Como nós só tínhamos um final de semana, fizemos um roteiro "curto e grosso", indo pelos principais pontos turísticos (e conscientes de que seria impossível visitar tudo). Havia a opção de city tour e custava em média 20 € mas eu sou adepta dos programas baratos, que no caso é: entrar no ônibus, dar o circular e ver absolutamente as mesmas coisas pagando 1,40 € e sem ter um montão de turistas falando mais alto do que o guia, preocupados muito mais em fotografar os lugares do que propriamente ver e aprender sobre eles (tô ficando velha e chata!), então foi isso o que fiz. Inclusive é uma das primeiras coisas que faço quando chego num lugar novo, pra ter uma ideia geral da cidade e aprender a me localizar.


Visitei a cidade no verão e sim, faz muito calor mesmo... mas nada que um tinto de verano não resolva. Na praça onde fica a Catedral havia muitas charretes e isso foi bacana pois dava um ar "de outro tempo" e de outro ritmo à Sevilha, sabe? Especialmente à noite. Pelo menos no centro histórico da cidade, não tem aquela agitação e correria como é em Madri, é outro compasso, outra atmosfera, crianças correndo pelas ruas, gente comendo nas calçadas, artistas de rua (tudo bem ao estilo pré-pandemia COVID-19, tá? Ô, saudade). Sobre os demais passeios: não fiz muita questão de visitar a famosa Plaza de Toros (só passei na frente) e confesso que queria ter ido ao Mercado de Triana mas não deu tempo.


Ao visitar as Setas de Sevilla (Metropol Parasol) confesso que a impressão que eu tive foi a mesma do Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro: muito legal, muito bonito e... só. Paga € 3 pra entrar e a única coisa que realmente me surpreendeu foi que você ganha um postal e uma bebida (cerveja, refrigerante, água ou um tinto de verano). Falam da vista mas não achei nada excepcional (posso estar sendo rabugenta? Sim, hahaha).


Um lugar que ficou ainda mais conhecido em Sevilha foi o Real Alcazar, isso porque o lugar (que é encantador de uma ponta à outra) serviu de set de filmagens para a série Game of Thrones. Para entrar no Real Alcazar de Sevilla é bom saber que as filas se formam a partir das 9h e de 9h30 abrem os portões. Em julho de 2019 a entrada custava 11 €. Iniciamos a nossa visita assim que abriram os portões e ficamos lá até o meio-dia, mais ou menos.  É lá que fica a famosa casa de banho de Maria Padilha, figura histórica (por ter sido a amante do rei Dom Pedro de Castela) e conhecida por seus feitiços de amor, bem mansa.


Um lugar bem interessante de se visitar é o Museo del Baile Flamenco. A entrada custou 19 €  (preço de estudante, a inteira é 26 €) e além da visitação você assiste a uma apresentação de Flamenco. Foi bem emocionante e achei a atração de lá bem mais empolgante e enérgico do que o que eu assisti em Granada. Um plus foi: a colega que viajava comigo não apenas dança como é professora de flamenco então ela me explicou um montão de detalhes durante a apresentação, foi rico!


Um dos lugares que mais reúne turistas e é um verdadeiro prato cheio para fotos é a Plaza de España, onde tem um pavilhão de azulejos com nomes e mapas das províncias da Espanha. É também um bom lugar pra comprar os abanicos (leques) e regalitos (presentes, lembrancinhas). Uma coisa que comprei por lá também foram louças (dessas de colocar petiscos) e sabonetes artesanais (bem aleatório, né? Mas eram bem diferentes).

Em resumo (bem resumo mesmo!) é isso e a vontade de voltar é grande. 💖

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